quarta-feira, outubro 26, 2005

insistir no saber

chato, quando não quermos saber como é que se pode fazer; a melhor maneira e quem... quem hoje em dia parece o mais importante.

(deixemos o trabalho de parte) venho aqui felicitar Benoît Delépine e Gustave K/vern pelo maravilhoso tratato sobre a sabedoria: "aaltra"

primeiro como é que descobriram que ninguém quer saber as vossas motivações? fiquei estupefacto pela inteligência demonstrada no desenvolvimento da história. como é que eles sabiam que nós não queremos saber nada deles e das suas motivações. que preferimos mesmo não saber..... que já não há nada para dizer sobre este mundo e que temos é que odiar qualquer coisa para nos sentirmos melhor. sim porque alguma coisa está mal e não pode ser muito perto de nós porque podemos ter dissabores........................... bom lá isso eles descobriram (esta dá vontade de rir..... caio-lhes um trator em cima... só rir) ((pensamento histórico: era muito mais difícil odiar antigamente e nas aldeias com pouca gente))

no final do filme a ideia de eternidade apareceu das ultimas palavras de aki kaurismaki. afinal chegar ao fim da linha não quis dizer o fim de tudo, mas um começo sempre a começar sempre o insuportável sabor da resignação. não há batalhas ganhas só batalhas travadas.

bem eles nem odiavam bem a empresa construtora de tratores, mas a sacana lixou-os. porquê? não interessa. eles odiavam-se, mas também porque não queriam chatear-se muito essa é a verdade. "o outro é um bocado estúpido e já me está a irritar", seria o que pensavam "tem a mania que é esperto".

outra coisa: como é que eles sabiam que nós não queriamos que eles se importassem com muita coisa? estou a estragar tudo não se trata de eles, os dois homens que fizeram o filme, serem muito inteligentes trata-se de saberem muito bem o que interessa para esta história e para eles eles não são os nossos heróis com a suas conquistas as suas coragens. somos nós com as nossas dúvidas e sem grandes objectivos psicológicos. nós só queremos sempre mais alguma coisa: temos de ir ali fazer aquilo quero aquilo vou tentar conseguir vou ajudar vou trabalhar para vou..... sempre a ir e sempre a não chegar a fim nenhum e sempre nós . será que não somos mesmo eternos e estamos à procura de um sitio para poisar? terá o filme alguma coisa a ver com o que estou para aqui a dizer?
pouco

não interessa o que fazemos interessa como o fazemos acho

eles uniram-se e começaram a gostar de fazer qualquer coisa em conjunto. ficaram amigos. no final do filme percebemos que não era o seu fim que interessava (até pelo que aconteceu. nada) , mas sim a viagem a deles a tua a minha a nossa. porque o fim é sempre o mesmo o meio é que é nosso (claro que têm de existir o minimo de opções) e fazemos dele a merda que quisermos.


no fundo somos todos um pouco estúpidos, porcos como eles. eles não tentam fazer com que as pessoas gostem deles como nós fazemos é um facto. mas mostram um lado mais cru da nossa experiência nesta vida. não a verdadeira (e ainda bem) porque se não seria muito chato. é bom que eles sejam apenas um pouco anormais sem tentarem serem um pouco decentes e queridos pelos outros. se não tornaria-se muito confuso o filme. os filmes só devem ter uma ideia principal em torno da qual a história gira. esses são os melhores.

que dizer mais sobre aaltra. todos nós temos de viver com as nossas deficiências nem que para isso tenhamos que fazer uma viagem absurda e deixar tudo o que temos para trás.

segunda-feira, outubro 24, 2005

eu tenho tempo e tu?

temos tempo livre que utilizamos como queremos.

alice perdeu o seu. o seu pai procura-a

podemos amar; trabalhar e muito mais que não interessa para o caso. o que interessa é que temos têndencia para fazer qualquer coisa que nos preencha que nos dê vida. vêmos, cheiramos, sentimos, ouvimos. enfim experimentamos.

o problema do cinema é que ele já não pode ser vida tal qual a conhecemos. não pode ser os trabalhadores a sairem de uma fábrica; não pode ser um pai à procura de uma filha.
o ser humano pode ter o mesmo aspecto à milhares de anos , mas já não vive da mesma forma. já não somos o senhor amilcar do talho da esquina que vive ali ao fundo com a maria e os putos. eu sou visível, invisível, programa de televisão, sou branco sou preto sou personagem, trabalho, respiro, sou um destino, sou personagem de filmes, sou a solução para todos os problemas. por muito que isso me custe não posso ser de outra forma. sou eu e todos nós que sabemos que o mundo está a descambar , mas adoramos os nossos amigos, os nossos familiares e os nossos filhos. esse somos nós. somos heróis. SOMOS TODOS HERÓIS. somos o homem aranha, o indiana jones, o cego espadachim "zatoichi", harry, o personagem principal do filme "de tanto bater o meu coração parou", steve zissou e tantos outros. mas também somos maus e queremos é fuder o próximo, somos fortes somos fracos queremos ganhar, somos sonhadores, acreditamos em mais do que deviamos. acreditamos no próximo ao mesmo tempo que suspeitamos e somos capazes de trinta por uma linha para vencer na vida. TEMOS UM PREPÓSITO. nem que seja apanhar o autocarro das 09h12 todos os dias. e temos tanta força que se para chegar a tempo de apanhar o autocarro voassemos não ficávamos doidos e iamos parar a um hospital psiquiátrico. apenas iamos encontrar outras metas outras formas de experimentar a vida, porque sabemos que vamos ficar aqui pouco tempo por isso não vou esperar esperar esperar para nada

somos todos maiores que o mundo!!!

boa tarde!

vou iniciar este blog introduzindo algumas condições que espero não respeitar durante muitos posts (estou a adorar esta palavra e vou explorá-la até ao tutano).

Não vou escrever com qualquer tipo de pontuação ou formatação a não ser o paráfrafo e o ponto.

vou tentar não ser muito burro. acho que aqui será mais díficil porque não posso fazer qualquer pose ou pavonear a minha beleza.

quero utilizar alguns erros de ortografia.

vou tentar escrever maioritáriamente sobre cinema. é esse o propósito deste blogge.

prometo não ser sério nunca. ... gostaram desta!

vão para o car.................. (assim espero dispersar os indesejados e os maus leitores. "vão para o car............" vai ser motivo de mais uma postagem)

(voltando uma a trás) se prometo já estou a ser sério por isso: prometo não prometer ser sério. sempre com a convicção de que não há maus caminhos apenas os meus caminhos já estou a rir (e continuo a afastar os maus leitores)

faço isto para ser lido e para que gostem, mas isto é escusado dizer também marco martins teve as mesmas intensões.

a lógica é discotível aqui

se for sério devo ser corrigido por vocês nos coments. é para isso que servem, para prevenirem a sanidade mental benigna

pretendo chegar ao fim de algum tempo a escrever melhor e com saudades de alguma coisa que já me pertenceu e que sei que não recuperarei ou isso ou alguma ideia catártica concreta o tempo esse espaço que inspiro todos os dias sem consequências para ninguém por muita merda que faça.

o tempo é a coisa mais preciosa aqui.... no sentido que é tempo para determinadas coisas como.... não vou dizer nada agora.

já me estou a alongar (continuo a atacar os maus e quisilentos leitores)

por fim espero que gostem

abraços a todos