segunda-feira, novembro 20, 2006

A URGENCIA DIARIA DE CONSTRUIR

SÓ para começar mal digo:
fui ao google e escrevi o titulo deste texto... que ainda não existe.... ainda não escrevi mas vou escrever o titulo deste taxteo que ainda nao escrevi no google... asim é que está correcto.... isto não era para ser um texto filosofico mas está a ser (agora acertei com o tempo verbal... numa frase mal cnstruida com dois verbos em tempos diferentes)

o mais engraçado e desesperante é que tenho mesmo alguma coisa para dizer.

SINTO essa urgência ... chegar a casa... e.................................
ultimamente quem diz ultimamente diz meses se calhar...
recordo-me de quando tinha 14, 15 e 16 anos... chegava a casa... "fechava-me" e com os pensamentos 10 vezes mais rápidos que a própria mão desatava numa desenfreada correria com a caneta pelas pistas das linhas de papel. era frenetico e ficava com dores nos dedos. gostava de escrever com as canetas partidas e mesmo que elas começassem a falhar eu não queria largá-la para não perder aquele momento.... TINHA MOMENTOS ÚNICOS DE RARA BELEZA... QUE EXTASE... QUE PODER QUE SENTIA... SÓ EU .. SÓ PARA MIM... QUE ALEGRIA E ENTUSIASMO.. QUE TRISTEZA ME ASSOLAVA ... .

AGORA LEMBREI-ME.........

PORRA....... É MESMO VERDADE O QUE VOU DIZER........... JÁ NEM ME LEMBRAVA.... ALIÁS NUNCA FOI COISA SE QUER DE SER LEMBRADA.

MAS É VERDADE. AGORA LEMBRO-ME.

CHOREI

EU CHORAVA A ESCREVER.
.
.
.
.CHOREI ÀS VEZES.... QUANDO ESCREVIA ALGUMAS COISAS... CHORAVA.

CHOREI ALGUMAS VEZES. NÃO ME LEMBRO QUANTAS. NÃO CHORAVA DA VIDA . DA MINHA VIDA QUE EU NUNCA ESCREVI SOBRE A MINHA VIDA . OU TINHA A MANIA QUE FILOSOFAVA.. E AÍ ACHO QUE NUNCA CHOREI... MAS QUANDO INVENTAVA PERSONAGENS, HISTÓRIAS E ELAS TINHAM VIDAS E FAZIAM COISAS , PENSAVAM COISAS... ERAM TÃO DIFERENTES UMAS DAS OUTRAS............
LEMBRO-ME DE UMA DAS PRIMEIRAS COISAS QUE ESCREVI (NÃO TENHO ESSE TEXTO. EMPRESTEI A UMA PESSOA QUE CONHECI A QUASE 10 ANOS E NUNCA MAIS VI ISSO. ERA OU É .. O MEU PRIMEIRO LIVRO... DIZIA EU ... DIGO EU.

MAS LEMBRO-ME QUE ERAM 3 AMIGOS QUE ESTAVAM ÀS TANTAS DA MANHA NUM DIA DE INVERNO NUMA FALÉSIA. NUM ESCONDERIJO SÓ DELES . NINGUÉM SABIA SABER NEM SABIA. ELES ESTAVAM A CONVERSAR E ESPERAVAM UM CARREGAMENTO DE DROGA QUE VINHA DE UM BARCO. ELES TINHAM UM CÓDIGO PARA COMUNICAR COM O BARCO E PARA IREM BUSCAR O CARREGAMENTO... ESTVA UM TEMPO HORRIVEL... ELES ERAM 3 AMIGOS DE 20 E POUCOS ANOS... ERAM MESMO AMIGOS , MAS AQUILO TUDO DEU PROBLEMAS E ELES OU SEPARARAM-SE.................... NÃO ESPERA.............. UM MORREU........ AGORA LEMBREI-ME, MAS ACHO QUE ISSO É MAIS PARA A FRENTE..........

CUM CARAÇAS........... QUE MEMÓRIA INTERESSANTE... QUE SAUDADES.......

........ ADMITO.... GOSTAVA MUITO... MESMO MUITO DE TER ISSO DE VOLTA... O MEU PRIMEIRO LIVRO...........
COMO GOSTAVA.... DEIXEI DE TER CONTACTO COM ESSA PESSOA.... NUNCA LHE FALEI... LEMBRO-ME DE A JÁ TER ENCONTRADO DUAS VEZES NA RUA. E A ULTIMA FOI NOS JARDINS DA GULBENKIAN. CRUZAMO-NOS ELA IA COM UM CARRINHO DE BEBÉ. DEVIA SER SEU FILHO.......... CONHECI-A NO MEU PRIMEIRO ANO DO CURSO... JÁ NÃO SEI BEM COMO APROXIMAMO-NOS. EU MUITO TIMIDO E SEM SABER MUITO BEM O QUE FAZER, MAS ERA EU . NÃO ESTOU A ENGANAR-ME E POR CONSEQUÊNCIA A VÔCES TAMBÉM (QUEM QUER QUE SEJAS. SE É QUE ESTÁ AÍ ALGUÉM...... acho que não, mas não interessa) EU SABIA O QUE ESTAVA A FAZER.. ERA EU... SOU EU. LEMBRO-ME UMA NOITE DE IR A CASA DELA. JÁ NÃO SEI COMO. JÁ NÃO ME LEMBRO PORQUÊ... FALAMOS.. FALAMOS E FALAMOS AINDA MAIS. COMEMOS QUALQUER COISA. FALAMOS DA VIDA ... NÃO FAÇO A MINIMA IDEIA DO QUE DISSE. NÃO ME LEMBRO DE NADA DA MINHA PESSOA... MAS TAMBÉM NÃO ME IMPORTO COM ISSO . NÃO TENHO QUALQUER INTERESSE NISSO...
.................. MAS LEMBRO-ME DO QUE ELA DISSE.
.
.ELA FALOU-ME DA SUA VIDA. NÃO VOU ADJECTIVAR DO MODO COMO ELA FALOU. NÃO VOU CRIAR, NEM QUERO CRIAR QUALQUER AMBIENTE À VOLTA DAQUELA NOITE NEM DAQUELE MOMENTO... FALOU ME DELA DA VIDA QUE JÁ TINHA TIDO ATÉ ALI.
. LEBRO-ME DE ELA ME DIZER QUE SE TINHA TENTADO MATAR. ESTAVA EM PARIS. SE NÃO ESTAVA SOZINHA ESTAVA QUASE, MAS ACHO QUE ESTAVA SOZINHA E CORTOU OS PULSOS NA BANHEIRA E ESPEROU QUE A MORTE CHEGASSE. NÃO MORREU...... POIS CLARO QUE NÃO MORREU O QUE ESTOU PARA AQUI A DIZER SE ELA ME CONTOU O QUE LHE ACONTECEU... JÁ NÃO ME LEMBRO COMO FOI SALVA ... JÁ NÃO ME LEMBRO SE FOI ELA QUE TENTOU PEDIR AJUDA. OU SE FOI ALGUÉM QUE A ENCONTROU... NÃO VOU ESTAR A INVENTAR NEM A DRAMATIZAR.... LEMBRO-ME QUE ELA DEPOIS FOI PARA UM HOSPITAL E O PAI QUE ERA (NÃO SEI SE AINDA É) DEPUTADO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PELO ps FOI LÁ E CONVERSOU COM ELA. ELA DISSE-ME QUE ATÉ ALI NUNCA TINHA TIDO UMA CONVERSA FRANCA E DE PAI PARA FILHA COM O SEU PAI. PROVAVELMENTE NUNCA TINHA SENTIDO O SEU AMOR.... OU PELO MENOS PRECISAVA URGENTEMENTE DE DOSES CAVALARES DE AMOR... DO SEU PAI.... NÓS SEM AMOR NÃO VIVEMOS..... QUER DIZER... MAIS OU MENOS... O AMOR TEM MJUITAS FORMAS.... HÁ DE SEMPRE HAVER CARÊNCIAS NÓS HAVEMOS DE SER SEMPRE PESSOAS INSATISFEITAS E NÃO É SÓ EM RELAÇÃO AO AMOR . MAS NO AMOR AS COISAS REVELAM TER UMA IMPORTÂNCIA MUITO GRANDE.

pouco mais falei com ela ... na vida... ela não sei o que faz.. sei que quase de certeza tem um filho... e que deve estar melhor do que quando curtou os pulsos. ... se calhar para ela teve mesmo de ser naquela altura , naquele local, naquelas circunstâncias que nenhum de nós às vezes consegue controlar (NINGUÉM CONSEGUE CONTROLAR TUDO) ela curtou os pulsos... há quem chame egoismo... eu não acho. por muito que doa a quem fica nunca podemos . temos de ver que naquela altura,naquelas circunstâncias foi o que ela quis fazer. lembro-me de ter ficado muito nervoso e fiquei mesmo chocado e não consegui dizer nada de jeito. só reagi alguns segundos depois. ela mostrou-me os pulsos. ainda levei algum tempo a acalmar.

bom já não sei onde ia muito bem nem porque falei isto tudo , mas também não há muito problema, porque tenho outra coisa para dizer. foi a ela que eu dei o meu primeiro livro para ler. ainda me lembro muito bem onde o escrevi. a primeira parte do livro está num dossier A5 muito antigo e muito feio por sinal. a segunda parte está num caderno preto também muito antigo que eu aproveitei do meu irmão como fazia sempre. e o dossier era um muito antigo da minha mãe. tudo o que era velho eu guardava e utilizava com muito gosto. lololol

tenho medo. foi por isso que até hoje nunca lá fui. acho que não tenho coragem. não tenho coragem de chegar ao pé dela e eprguntar se ela se lembra de mim. falar um pouco e perguntar se ela ainda tem o meu primeiro livro. .... que acabei de escrever com 15 anos e que demorou mais de um ano a escrever.... já nem sei se a consigo encontrar. não sei se tem o mesmo numero de telefone. onde vive... ou mesmo se já morreu.........porra esperemos bem que não.. ou se mudou de pais... ou seja lá o que for .. nao faço a minima ideia.
,
.
.
.
.
. e agora
agora continuo com alguma urgência de construir, mas já é um pouco menor.

boa noite
ah é verdade. respondendo à questão por mim levantada umas linhas a cima: agora vou tomar banho e comer qualquer coisa

quarta-feira, novembro 08, 2006

numeros de violencia

refazer.
não é violento... escrever pode ser

revolucionário é poder duzer sem ter medo das reporcursões.
dizer mal é tão violento como dizer bem... não é isso que é violento nem a verdade seja ela falsa como é. o que é violenta é o facto de achares alguma coisa bonita... de quereres... acho que não me estou a fazer explicar muito bem...

violento é no fundo não saberes para onde vais, nem o que fazes muito bem; é estar a dormir em pé........ é não te deixarem em paz... seres desrespeitado seres mal tratado em nome da personalidade e da maneira de ser de todos


razão pela qual eu (mais quando era puto) ficava fodido e nunca dizia nada

bring me luck. give me a hand shake. eat me remember in the class room. beat me and walk a side me. find me along the river of the dead poet (me... and some shit i am reading). fuck the fight
because it´s the fight that gives me life.
there is violence in every move a grantitude a greateness in dispair and in hapiness... hapinees and dispair.. the two words that guide my work (mental one . lolololol) in a story... there is any good story without violence. the situation. a fact. o meu personagem principal é muito forte.....
....
... e como é que isso se vê ?
factos
contrariedades inerentes ao seu mundo. o mundo existe e ele é sempre o mesmo... assim nasce o seu caracter............ o meu caracter........... a minha vontade....................... a minha violencia......
quero com ele despertar consciencias (muito pouco, não como os americanos) despertar um aperto no coração. despertar uma questão.... um sorriso... um amor... uma empatia. ele é tão mau como bom... tão parvo como eu e tu. .. ... . . . . . .. . acho que ele acredita


.
é tão bom às vezes falarmos com pessoas que acreditam...
sermos pessoas que acreditam... 24 horas por dia............ é violento.......... acreditem que é muito violento........ (agora começou uma musica toda alegre e eu para aquia ter que a curtir)

o meu personagem é muito parvo, mesmo muito parvo. qualquer pessoa normal se lhe acontecesse um décimo das coisas que lhe acontecem a ele já tinha ido à policia. mas a violencia exterior por que ele passa . não se aproxima a um décimo da violencia interior por que muitas pessoas passam no seu dia a dia. aqueles que acreditam principalmente.

vários factos (por mim inventados): o mundo é dos espertos
o amor é .... entra neste filme
a incompreensão é um facto mal interpretado
a victória não é factual
a victória é rídicula e é o seu cumulo
a victória é narcisista
a victória é muito verdadeira
a victória devia ser uma brincadeira. por exemplo vamos imaginar um cenário de uma final de um torneio qualquer cheio de equipas de todo o lado do mundo. 10 equipas enchem o campo uma delas é chamada para receber o prémio de 1º lugar. ao receber o capitão decide dar o prémio a outra equipa e assim de capitão de equipa em capitão de equipa. todos eles justificam porque dão o 1º prémio à outra equipa. todas as justificações são mais que válidas. SÃO VERDADEIRAS.

vou tentar com que o meu protagonista seja o menos rectórico possível............. ele não é............ mas analiticamente é muito parvo............... qualquer um tinha ido à policia............. lololololol.
qualquer história é construida em cima de incongruências viscerais........... pelo menos esta... eu sei que é................ é violento....... pelo menos eu sinto .... doi... custa.. e eu agora estou um pouco a desabafar ............. e porque não é uma forma de justificação ou declaração de intensões. porque não se trata disso. no fundo tudo se resume à nossa solidão. à nossa essência à violencia , à tristeza que todos nós carregamos e que alguns catarquicamente (será que existe esta palavra, se nao existe é muito bem feita eu ter posto aqui) exploram e mandam cá para fora. mas atenção atenção aos impostores... esses são nárcisistas e as suas personagens não passam de desejos. e isso num filme... um filme só sobre desejos de um realizador /escritor é execravel. é horrivel. é uma merda pegada.

vou sair daqui... nao sei se continuo... podia mas vou parar
xau
nao vou rever nada

até a próxima

fiquem bem