sábado, dezembro 17, 2005

o ser humano devia ser mais pateta do que é.

não para ser mais engraçado, porque nesse campo a seriedade responde melhor às nossas gargalhadas que qualquer tentativa prepositada de nos fazer rir.

não para sermos mais responsáveis e competentes porque para isso restanos a eternidade da vida.

nem para sermos reconhecidos, porque isso não passaria de um meio artificial (de um objecto) para chegar a um fim (preocuparmo-nos com o que os outros pensam de nós).

nada disso importa se somos efémores......................... e muito mais se não o fossemos.

slava´s snowshow trás-nos um espectáculo que perdura ao longo dos anos e que já passou em portugal antes. à dez anos que slava polunin criou uma personagem bela e maior que o mundo. é um herói do mundo dos palhaços. não faz só rir. faz rir porque luta para ser feliz e põe os outros felizes ao verem-no. slava não é um mandatário do riso , mas sim um mandatário da felicidade que transporta, no seu caminho, os outros.

há poucas palavras para descreverem este espectáculo, mas todas são poucas para dizer bem.

à semelhança de chaplin e de outros no cinema, slava não pensa em piadas e em nos fazer rir. pensa (não sei se pensa. é uma forma de expressão) em ser ele próprio.

slava anda pelo mundo a conhecer-nos a contactar-nos a tocar-nos a olhar-nos e nós olhamos para ele olhamos para nós e olhamos para os outros e somos felizes. o mundo não existe (mais uma forma de expressão), mas nada existe para além daquele momento e somos todos iguais.

para slava somos todos iguais. ele não nos conhece, mas também não precisa. ele sabe


existe um momento . há um espaço e não queremos sair dele. não é palpável não é seguro, não existe a não ser nas nossas cabeças. as diferenças sociais não interessam a idade não interessa, falar não interessa. somos como as bolas e balões gigantes que empurramos e passamos por todos nós até chegar à outra ponta da sala. ali queremos ser tocados por todos e, principalmente tocar em todos. não se trata de dizer a toda a gente que gostamos delas. isso seria absurdo, porque não conhecemos ninguém. mas de nos olharmos como iguais ...........................como rigorosamente iguais. sem tirar nem pôr.

é simples e não queremos deixar de empurrar as bolas gigantes mais uma vez. não dizemos nada porque não temos mais nada a dizer e daqui a pouco já saimos dali e já temos uma data de coisas para dizer e outras para fazer. mesmo que não as queiramos dizer nem fazer. mas voltamos a um mundo menos simples e menos igual .........----------------...............................,,,,,,,,,--,,,,,,,,,,,,,,,, e muito mais perigoso. em que temos de nos defender de tudo e de todos

acabou

foi bom mas acabou